A transformação financeira no momento de muita tecnologia.
A tecnologia
Hoje falamos em tecnologia financeira, porém ainda para a nossa sociedade brasileira o assunto dinheiro causa um enorme desconforto.
Se tornado motivo de brigas e até desconfianças por parte de pessoas e grupos próximos.
O dinheiro e a transformação financeira na história
Antes de aprofundar o assunto vamos entender como o dinheiro nasceu e o seu funcionamento nos dias atuais.
Uma viagem histórica necessária para entender nossa evolução como sociedade e da nossa relação com o dinheiro.
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Na antiguidade não existia uma moeda, física, como conhecemos hoje, porém a agricultura, maior sustento, gerava excedentes.
Além das sobras tinha diversidade de cultivo, ou seja, cada grupo cultivava determinados produtos.
A conta era simples: tenho o produto x sobrando e preciso do y que é seu sobressalente.
Havia a troca e com essa cultura nasceu o escambo.
Depois da moeda: o processo de transformação financeira
Mesmo depois da criação da moeda de metal, que não vem ao caso agora, o escambo foi utilizado, quando os portugueses chegaram ao Brasil promoveram escambo com os nativos indígenas.
Perceba que desde sempre, para qualquer finalidade o escambo era e é utilizado.
Hoje porém existem formas mais novas para a palavras escambo, por exemplo a permuta.
A permuta: uma forma de transformação financeira contemporânea
O que é a permuta? Nesse tempo de mídias sociais e todos querendo vender algo nasce as permutas.
Quando você troca, ou seja, presta o seu serviço, sua indicação ou algo do gênero em troca do serviço do outro ou da indicação do outro.
No meio de influenciadores diria que é a pratica mais utilizada, afinal de contas a promoção pode ser cara se paga com o dinheiro.
Porém um trabalho bem feito gera uma maior quantidade de likes e certamente aumentam a sua renda.
A economia
As aulas de economia para iniciantes normalmente são divididas em micro e macro economia.
Basicamente o que se aprender é quanto maior a quantidade de produto que eu oferto mais barato é o valor desse produto.
Quanto mais raro o meu produto, consequentemente maior o valor dele.
Em resumo: muito produto, preço baixo; pouco produto, preço alto.
O princípio da escassez
Daí vem a afirmação de que a economia está associada a escassez.
Pois o mercado é cíclico e oferece determinados produtos em determinadas épocas do ano, seja por questões climáticas ou por marketing.
Todo produtor, vai oferecer aquilo que menos tem, para que o lucro seja cada vez maior.
A interferência climática
O clima interfere na produção de alimentos e alguns insumos de origem animal.
Então na alta temporada da produção de determinada fruta temos preços baixos e uma grande quantidade da sua oferta.
Porém a sazonalidade faz com que o próximo ciclo tenhamos a introdução de outra fruta, por exemplo, dessa forma a fruta anterior passa a ser mais rara e mais cara.
A solução
A solução seria simples, não é mesmo?!
Consuma as frutas da época e você vai pagar preços justos o ano inteiro. Isso nem sempre é possível, pois existem variáveis que vão afetar o meu consumo.
Posso fazer doces e precisar de morangos o ano inteiro me sujeitando a pagar por uma bandeja R$6,99 enquanto na época de morangos consigo comprar 3 bandejas por R$10,00.
Percebeu a diferença?!
O marketing fazendo
Outra interferência é o marketing que tomou também as redes sociais e injetam gatilhos de escassez e pertencimento o tempo todo na sua mente.
Dessa forma, muito do nosso consumo vem de impulsos.
Quem não comprou algo pois era: “ultima chance”, ultima vaga” ou “a oferta termina hoje”.
Junto a escassez demonstrada aqui temos o pertencimento, afinal de contas fazemos parte de um grupo e não queremos ser os únicos a não ter acesso a determinado produto.
O título e a transformação financeira
Depois de entendido o conceito de escassez vamos voltar para uma explicação teoria.
Nosso dinheiro é criado a partir do nada pelos governos, não há mais lastro em ouro que garante o valor criado.
Porém esse nada gera um título de crédito chamado de debêntures, que para ser criadas demandas a criação de um juros.
Tinha 0 reais, criei 1 real vou pagar 2 reais por essa criação. (esses números são apenas exemplificativos).
O sistema piramidal
Como é que eu vou pagar a dívida que eu fiz? Esse é o pensamento do governo.
A solução: injetar mais dinheiro, aumentar o valor de compra das pessoas e assim elevar as taxas de juros, essa taxa elevada que me garante o pagamento das debêntures.
Esse é um dos motivos da economia exigir o crescimento constante e infinito do PIB.
Só que esse sistema é piramidal. Em resumo quem está no topo empresta com juros e quem está na base sempre pega emprestado.
A educação financeira
Aqui cabe uma observação: sabe o motivo da injeção de dinheiro e do aumento do poder de compras gerar um endividamento do povo brasileiro?
Pois para 90% desse falta educação financeira básica.
Então tenho dinheiro circulando, pessoas consumindo e falta de planejamento.
Preciso continuar pagando minhas contas e suprindo meus impulsos (escassez e pertencimento) pego dinheiro emprestado com “condições imperdíveis” e pago juros exorbitantes.
Esse é o ciclo econômico de grande parte das pessoas.
A necessidade de reserva
Só mais um adendo. Aqueles que não se endividam também não criam nenhum tipo de reserva, ficando a mercê em momentos que a entrada diminui, exemplo da pandemia.
Quais são as alternativas?
A criação de moedas locais que tem como principal função criar abundancia onde não se tem nada.
Aqui não existe lastro ou criação a partir dos juros, o valor fica por conta da capacidade de produção das pessoas.
Desde que se tenha limite de crédito o dinheiro pode ser criado.
O que vale é: crédito e mútuo e a confiança que nesse caso acontece entre pessoas e não coloca no jogo as instituições.
A inclusão para a transformação financeira
Criar acesso para se participar da economia de quem não tem condições.
Moeda que circula dentro da própria localidade e consequentemente aumenta a prosperidade e a altera a maneira de consumir de determinado local.
A moeda local
Hoje já existem plataformas para criar uma moeda local. Porém o mais gap desse sistema é a gestão.
Tem que haver regras e clareza para que as pessoas tenham ainda mais confiança no novo sistema e na governança que criou a moeda e suas regras.
Pois confiança é o ponto chave desse sistema.
A gestão deve ser horizontal para trabalhar a governança da moeda.
Primeiro passo é criar a governança, as regras, ensina-las para só depois colocar em prática o sistema como um todo.
Criando assim um mundo novo menos centralizado, menos piramidal.
Esse texto sobre Transformação financeira: o cenário atual foi criado por Ana Kassis.
