“Um líder leva pessoas para onde elas querem ir. Um grande líder leva pessoas aos lugares em que elas não necessariamente querem ir, mas deveriam ir. ” – Rosalynn Carter, ex-primeira-dama americana.
Segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), houve um aumento de 82% nas taxas de turnover voluntário de profissionais brasileiros entre 2010 e 2013 Vs 34% nos demais países do mundo.
É estimado que o impacto deste turnover represente um custo de 93% a 200% do salário anual do colaborador que pede o desligamento, incluindo os gastos provenientes do recrutamento ao treinamento.
MAS POR QUE?
Diferentemente do que costumamos acreditar e falar, na maioria das vezes, este “fenômeno” não está ligado a salários.
De acordo com uma pesquisa elaboradora por Manoela Ziebell de Oliveira, líder da prática de análise de turnover da Produtive, os principais pontos relacionados a este turnover são a ausência de um plano de carreira, falta de reconhecimento e desconexão com os valores e cultura da empresa.
E você, está preparado para lidar com isto?
Você sabe como atuar, preventivamente, e reter os seus talentos?
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Seja Psicanalista. Curso 100% Online. Habilita a Atuar. Teoria, Supervisão e Análise. SAIBA MAISEstá disposto a investir o seu tempo em ações consistentes e desafiadoras, para fazer da sua gestão um fator decisivo para a manutenção dos seus melhores colaboradores?
Então, mãos à obra!!!
Hoje e nos próximos artigos, irei falar sobre cada um dos pontos levantados na pesquisa citada anteriormente.
Vamos começar falando sobre Gestão de Carreiras, o item apontado como o mais relevante para deixar ou manter-se numa organização e, ainda mais importante, para manter-se ou não como seu liderado.
COACHING NA PRÁTICA – MATRIZ SWOT
Bastante difundida no meio corporativo e oriunda do planejamento estratégico, você já deve conhecer a MATRIZ SWOT, voltada para a análise empresarial.
O Coaching trouxe uma abordagem voltada ao indivíduo, oportunizando um mapeamento completo de cada colaborador, bem como propiciando uma análise complexa e consolidada, quanto as principais oportunidades e ações a serem tomadas.
QUANDO UTILIZAR?
Avaliação de performance;
Definição de novas metas/desafios;
Reunião de planejamento de carreiras.
COMO? PASSO A PASSO.
Passo I – Levantamento das suas forças (Strenghts)
Neste passo, você deve estimular o colaborador a refletir sobre as aptidões e diferenciais que possui para o atingimento e superação dos seus objetivos pessoais.
Seguem alguns questionamentos que podem ajudá-lo:
· Quais as suas competências mais valorizadas?
· Qual é o seu maior diferencial?
· O que você faz de melhor?
Passo II – Fraquezas (Weaknesses)
Neste momento, é importante levantar tudo aquilo que bloqueia o crescimento e desenvolvimento do seu liderado. Questione os seus pontos de melhoria e considere as características que fazem ou fizeram falta para o atingimento de algum objetivo.
Para construir esta fase do exercício, utilize perguntas como:
· Que tipo de atividade você não gosta ou não sabe executar?
· Quais são as suas dificuldades técnicas?
· Você tem algum comportamento sabotador?
Tanto no passo I quanto no II, vale utilizar feedbacks já recebidos e ainda não endereçados. Ajude-o a refletir sobre cada feedback e estime o impacto das atitudes e comportamentos levantados, para a superação do seu objetivo. Quanto maior o impacto, maior a relevância desta mudança para o seu plano funcionar.
Passo III – Oportunidades (Opportunities)
Diferente dos dois primeiros passos, relacionados ao meio interno, os passos III e IV referem-se ao meio externo e a forma como este pode contribuir ou desfavorecer o atingimento dos seus objetivos.
Neste momento, vocês devem considerar tudo aquilo que, aliado as suas fortalezas, pode contribuir para a definição do seu próximo passo ou superação do seu objetivo.
A forma mais fácil de conduzir esta fase do exercício é, também, questionando:
· Com base nas minhas fortalezas, que desafios eu posso assumir, que contribuirão para a minha evolução?
· Eu conheço pessoas que já atingiram o objetivo que eu almejo?
· Existe crescimento no meu ramo de atuação?
· Que oportunidades eu tenho, dentro da minha empresa, para utilizar a minha máxima potencialidade?
Esta fase só estará concluída quando você levantar caminhos diferentes dos já definidos ou percorridos. Inspire o seu colaborador, auxiliando-o a analisar a sua empresa, os seus pares e as pessoas em quem ele se espelha.
Passo IV – Ameaças (Threats)
Para identificar as ameaças, será importante revisar e refletir sobre as fraquezas levantadas no passo II.
A pergunta principal a ser feita é: quais ameaças, geradas ou incentivadas pelas suas fraquezas, podem impedir você de chegar aos seus objetivos?
Você deve ajudar, sugerindo alguns pontos que, considerados, devem ajuda-lo a chegar nestas respostas:
· A sua falta de conhecimento sobre determinado assunto te coloca em uma posição de risco ou te desfavorece?
· Você gosta do que está fazendo, a ponto de aumentar o seu nível de dedicação e buscar evolução?
· A sua indisposição para fazer algo pode te atrapalhar na conquista do seu objetivo?
Neste momento da conversa, você e o colaborador devem ter acumulado uma quantidade enorme e bastante relevante de informações.
Então, sugiro que você indique ao liderado que releia cada um dos pontos levantados e questione a sua relevância e influência. Esta análise é fundamental para que ele tenha a certeza de que cada uma das fases foi contemplada, revisada e está de acordo com os seus objetivos pessoais e de desenvolvimento.
Agende uma segunda reunião, para a revisão final desta matriz e a definição do plano de ação.
E não se esqueça de continuar acompanhando a minha coluna, que dará prosseguimento a este tema.
Até a próxima quarta, quando falaremos sobre plano de ação.
