“O primeiro passo rumo ao sucesso é dado quando você se recusa ao ser um refém do ambiente em que se encontra” – Mark Caine, jornalista.
Desenvolvida nos anos 90, a psicologia positiva se dedica a estudar as emoções positivas (felicidade, prazer), traços positivos do caráter (sabedoria, criatividade, coragem, cidadania, etc.), relacionamentos positivos (amizade, confiança, vínculos afetivos saudáveis) e as instituições positivas (escolas, empresas e comunidades).
Ao contrário da psicologia tradicional, que se foca no estudo e tratamento de distúrbios como a depressão e ansiedade, o novo campo da Psicologia Positiva se propõe a focar mais nas forças que nas fraquezas. Busca promover mais as qualidades do viver do que reparar o que vai mal.
No mundo corporativo, a psicologia positiva inspirou dois movimentos principais:
- Positive organizational behavior (POB): estudo e aplicação das forças e capacidades dos recursos humanos que possam ser, positivamente, orientadas, medidas, desenvolvidas e administradas para a elevação da performance profissional.
- Positive organizational scholarship (POS): movimento das ciências organizacionais focado nas dinâmicas empresariais que contribuem para o desenvolvimento do capital humano e que culminam em uma performance extraordinária. Ele é voltado para os aspectos positivos do contexto organizacional que influenciam o crescimento do capital humano.
Tanto o POB quanto o POS visam a elevação da performance e, embora possuam enfoques diferentes, ambos se complementam, por seu foco no positivo e na validação científica.
Psycap avalia e busca desenvolver quatro capacidades psicológicas positivas consideradas cruciais com vantagens competitivas para organizações:
- Autoeficácia: definida como a crença na sua própria capacidade de realização;
- Esperança: ter a vontade e os caminhos para atingir os objetivos;
- Otimismo: lidar com as adversidades, considerando que você tem poder;
- Resiliência: capacidade de superação, de enfrentar as adversidades, sem perder as suas características essenciais.
A relação do Psycap pode ser comprovada por meio de estudos comprovados como estes:
Comunicação positiva:
Uma pesquisa feita por Frederickson e Lozada, com equipes, revelou que a comunicação positiva, o apoio e a apreciação distinguem os times que florescem (flourishing teams) dos que definham (languishung teams). Foi constatado, também, que os times que florescem produzem melhores resultados de lucratividade, satisfação do cliente e avaliações 360.
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Seja Psicanalista. Curso 100% Online. Habilita a Atuar. Teoria, Supervisão e Análise. SAIBA MAISRedução de Burnout:
Um estudo realizado por Bakker, Demerouti e Euwena, demonstrou que as capacidades psicológicas amortecem o impacto das pressões profissionais que levam ao burnout, ou seja, as demandas psicológicas não resultam em elevados índices de burnout, se os funcionários dispuserem de autonomia, feedback, apoio ao grupo e se receberem coaching de seus líderes.
Engajamento:
Diferentes pesquisas indicaram que as capacidades psicológicas são particularmente importantes quando as demandas profissionais são altas, além de contribuírem para aumentar o engajamento, principalmente em situações estressantes.
Valor agregado:
Um estudo da Business Coach inglesa Lucy Ryan, junto a líderes e executivos, durante seis meses, concluiu que a psicologia positiva oferece uma filosofia congruente com o mercado, visto que mantem o alto foco nas soluções.
Mas o que fazer com estas informações? Como colocar em prática tudo o que você viu, até agora?
Você é considerado um bom líder quando é capaz de mobilizar a energia organizacional (seja da sua equipe ou empresa) e focá-la no objetivo. Certo?
Então, é importante saber que o ponto de partida será elevar a sua energia, para que ela influencie a energia organizacional, bem como a de cada um dos colaboradores, afim de direcionar a intensidade, o ritmo e a força dos processos de trabalho, mudança e inovação da empresa.
Você está disposto?
O diagrama desenvolvido por Tony Schwartz e colegas divide os nossos níveis de energia em quatro quadrantes, a conhecer:
- Zona de Sobrevivência:
Nos recolhemos a esta zona quando nos sentimos ameaçados ou impotentes. Nesta fase, experimentamos a raiva, a frustração, impaciência e o medo.
Aqui, você ou qualquer membro da sua equipe sente-se: desafiador, chateado, temeroso, frustrado, ansioso, invejoso, irritado, preocupado e impaciente.
Você se identifica com estes sentimentos? Há alguém do seu time nesta zona?
- Zona de Performance:
Vamos para esta zona quando nos sentimos no máximo de nossa capacidade. Aqui, nos sentimos otimistas, confiantes, estimulados, felizes e receptivos. É nesta zona que alcançamos o nosso pico de performance.
As pessoas que se encontram nesta zona são: engajadas, empolgadas, orgulhosas e admiradas.
E aqui, você reconheceu alguém? E você, o quão próximo desta zona está?
- Zona de Burnout:
Quando nos sentimos exaustos e sem esperança, estamos aqui.
Nesta zona, o seu colaborador sente-se cansado, deprimido, vazio, desesperado e triste.
Acredito ser desnecessário falar sobre as perdas que a sua equipe tem, quando você ou qualquer um dos membros se sente assim. Concorda?
- Zona de Recuperação:
Esta zona é fundamental, pois é aonde “recarregamos as baterias”, de forma saudável e prazerosa, relaxando, desfrutando da vida e realizando atividades que nos dão a sensação de paz e bem-estar. É aqui que nos renovamos física, emocional, mental e espiritualmente.
Preciso falar sobre as características demonstradas? Calma, alívio, paz, relaxamento e despreocupação.
Você consegue relacionar as atividades que te trazem para cá?
E o que está fazendo, hoje, para fazer com que a sua equipe também encontre os seus momentos de recuperação?
As zonas de Sobrevivência e Burnout representam os modos disfuncionais de gerar e renovar a energia, resultando em energia negativa.
Já as zonas de Performance e Recuperação são funcionais. O trânsito entre estas duas zonas é o ciclo adequado para a geração de energia positiva.
Dito isso, você é capaz de identificar em que zona se encontra e atuar de forma assertiva, para mudar a sua própria energia e a do seu time?
Vamos lá:
- Compare as características citadas com a forma como você se sente, neste momento.
- Com que frequência você oscila entre cada uma das zonas?
- Você costuma alternar as zonas de Performance e Recuperação ou vai direto para a zona de Sobrevivência?
- Defina a zona de Recuperação ideal e crie uma lista com as atividades que te deixarão sereno e relaxado.
- Gerencie o seu tempo: crie uma agenda e defina horários para cumprir com as atividades que identificou no ponto acima.
Para que a reposição de energia ocorra, recorra aos mecanismos corretos (zona de Recuperação) regularmente, até transformá-los em hábitos.
Te interessaria receber dicas para auxiliar a sua equipe a elevar o índice de energia positiva?
- A energia do seu time e da sua empresa depende, primeiramente, de você. Portanto, cumpra com o passo a passo acima, antes de liderar qualquer ação com os seus colaboradores.
- Distribua a sua equipe, em um quadrante, de acordo com as características que representam cada uma das quatro zonas.
- Defina o que pode ser feito para condicionar a equipe à zona de Performance.
- A desvalorização, incongruência ou desconhecimento quanto aos seus valores, ausência de um plano de carreira e falta de feedback são os principais fatores para que o colaborador migre para a zona de Sobrevivência. O quanto você está atuando nestes pontos e cumprindo o seu papel de líder?
Este é um assunto muito importante e atuar, objetiva e assertivamente junto a sua equipe, será um diferencial para o sucesso de todos.
Você está disposto a dedicar o seu tempo e investir em cada um dos seus colaboradores, para que eles se comprometam com os próprios objetivos e os da empresa?
Espero ter fornecido ferramentas que possibilitem a sua atuação e que te permitam refletir e, principalmente, atuar!
Então, não perca mais tempo! Comece agora a construir a equipe dos seus sonhos e a vida do seu time.
“Líderes incríveis saem da sua rotina para melhorar a autoestima de sua equipe. Se as pessoas acreditam nelas, é incrível o que elas podem conquistar. ” – Sam Walton, empreendedor.
