“Precisamos de líderes que são imunes ao efeito de recência e que veem além da crise atual, lembrando-nos do longo prazo. Nenhuma recessão é tão ruim quanto parece no momento. Se você está cercado por pessimistas, é provável que você assuma o mesmo comportamento”, explica artigo da Forbes.
Você se encaixa nesse perfil? E te interessaria fazer parte desse grupo de pessoas e líderes requisitados?
O assunto de hoje – Assuntos explanatórios – vai te ajudar a aprofundar os conhecimentos sobre esse tema. Vem comigo!
Assuntos explanatórios: o conceito
Segundo Martin Seligman, um dos especialistas nesse assunto: “Estilo explanatório é o modo habitual com que um indivíduo explica os reveses e fracassos”
Além desse conceito, há outros dois bastante conhecidos:
- Tendência generalizada que as pessoas possuem de ater-se a determinados tipos de apreciação cognitiva.
- Crenças que temos sobre a origem, a amplitude e a recorrência das adversidades que ocorrem nas nossas vidas.
Ainda de acordo com Seligman “Faz parte da natureza humana buscar o sentido dos eventos com os quais nos deparamos no dia a dia.” Essa tendência é ainda mais forte quando percebemos tais eventos como negativos.
De forma geral, partimos de três perguntas, para explicar a nós mesmos, esses acontecimentos.
- QUEM CAUSOU A SITUAÇÃO?
- QUANTO TEMPO IRÁ DURAR?
- O QUANTO MINHA VIDA SERÁ AFETADA POR ISSO?
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Seja Psicanalista. Curso 100% Online. Habilita a Atuar. Teoria, Supervisão e Análise. SAIBA MAISCada um de nós costuma dar diferentes respostas a essas mesmas perguntas e são essas diferenças que indicam o nosso estilo explanatório.
A partir de agora, irei conduzir um passo a passo, para que você identifique o seu estilo exploratório e use-o a seu favor.
O que você acha da ideia?
Identificação do estilo explanatório
Características
1. PERSONALIZAÇÃO
Refere-se a atribuição que damos às possíveis causas do evento.
Pergunta raiz: QUEM CAUSOU A SITUAÇÃO?
Nesse caso, há duas maneiras de responder a essa pergunta: atribuição interna ou externa, a saber:
1. Atribuição interna:
A atribuição é interna quando nos vemos como agente causador.
Quem possui o estilo explanatório filtrado pela atribuição interna tendem a se culpar por tudo o que lhes acontece. Essa atitude prejudica a autoestima, a autoconfiança e a autoeficácia.
Respostas que sugerem “defeitos”, “falhas de personalidade” e culpa pessoal indicam atribuição interna.
2. Atribuição externa:
A atribuição é externa quando relacionamos as causas a circunstancias exteriores.
Quem baseia seu estilo explanatório na atribuição externa mostra-se mais flexível ao analisar as causas de cada evento.
É importante esclarecer que não se trata de eximir-se da responsabilidade pelo ocorrido, mas de não se paralisar com a culpa.
Nesse momento, peço para que pare alguns minutos e reflita:
Que tipo de filtro você utiliza, no seu dia a dia, frente às adversidades?
Atribuição interna ou externa?
2. DURAÇÃO
Esse ponto refere-se à duração que atribuímos aos acontecimentos.
Pergunta raiz: QUEM CAUSOU A SITUAÇÃO?
1. Estáveis ou permanentes:
Um estilo explanatório baseado na noção de permanência contribui para a sensação de desamparo e de fatalismo.
As respostas que sugerem permanência ou longa duração costumam ser “para sempre”, “muito tempo”, etc.
2. Instáveis:
Quem adota a noção de instabilidade tem a crença reforçada de que tem o poder de mudar as coisas.
Você conseguiu se encaixar aqui?
Em qual dos papéis?
Você costuma avaliar os acontecimentos como se eles fossem permanentes ou acredita que possa transformá-los?
3. DIFUSÃO
A difusão refere-se ao alcance do evento, em relação as suas consequências.
Pergunta raiz: O QUANTO DE SUA VIDA ISSO AFETA?
1. Global:
Se você entende os eventos como globais, os assimila como responsáveis por uma mudança completa na sua vida.
Exemplo: “Isso vai bagunçar toda a minha vida. “
As respostas usuais que sugerem superdimensionamento são “tudo”, “toda”, “grande parte”, etc.
Nesse contexto, o termo “global” não se refere a perspectiva ou visão do todo, mas sim a uma visão catastrofista, que o leva a ampliar as dimensões de um acontecimento.
Quem enxerga as coisas por essa perspectiva tem níveis mais altos de ansiedade, preocupação e stress, sentindo-se “acuado”, constantemente.
2. Especifico:
Para quem se identifica com essa linha de pensamento, é possível perceber a área ou as áreas especificas que serão afetadas por determinado evento.
Exemplo: “Isso vai afetar tal coisa. “
Pessoas que raciocinam dessa forma são capazes de raciocinar com mais clareza na hora de tomar decisões e solucionar problemas, demonstrando maior discernimento e controle emocional, o que proporciona maior perspectiva e visão do todo.
E agora? Em que contexto você se encaixa melhor?
Você costuma analisar os fatos de forma geral ou especifica?
Como mensura o impacto do que lhe acontece, usualmente?
4. IMPOTÊNCIA APRENDIDA
Pessoas cujo estilo explanatório explicam os eventos como INTERNOS, ESTÁVEIS e GLOBAIS apresentam o que é chamado de IMPOTÊNCIA APRENDIDA. Esse termo é utilizado para definir um sentimento de impotência e incapacidade, para enfrentar as situações.
Nesse estado, a pessoa a se comporta de forma passiva, sem nenhuma possibilidade de ação, mesmo quando há oportunidades de solucionar a situação. Em outras palavras, a pessoa tende ao pessimismo.
Surge, dai, o conceito de PESSIMISMO: Encarar os desafios sob ponto de vista da impotência aprendida, ou seja, o pessimista é aquele que se coloca na posição de vítima de circunstancias que ele se julga incapaz de mudar.
Em função da forma como encara os eventos e fatos, o pessimista tende a ver as circunstancias de um modo superdimensionado, permanente e resultantes de algum tipo de “falha crônica” que ele acredita possuir.
5. OTIMISMO APRENDIDO:
Aqueles cujo estivo explanatório reage aos eventos como EXTERNOS, INSTÁVEIS e ESPECÍFICOS apresentam o chamado OTIMISMO APRENDIDO, ou seja, aprenderam a desenvolver uma atitude mais flexível e otimista, perante a vida.
Otimismo é encarar os desafios sob uma perspectiva de que você tem poder. Ou seja, o otimista é aquele que se sente no controle de sua vida e que, diante dos desafios, busca o caminho da superação e não o da vitimização.
Devido a esse estilo explanatório, o otimista vê os problemas sob um ponto de vista mais equilibrado. Ele os aborda como algo temporário, localizado e que apenas faz parte da vida.
Chegando aqui, você percebeu a relevância de identificarmos os nossos estilos explanatórios, como forma de desenvolvermos o otimismo e melhorarmos a nossa perspectiva sobre a vida e os fatos?
Foi possível entender o quão importante é o otimismo e o quanto ele afeta a nossa vida, a cada novo desafio?
E o que mais você percebeu?
O que você aprendeu sobre você mesmo e a forma como lida com os acontecimentos?
E o que é que você pretende fazer, a partir de agora, para ser exatamente como quer ser?
Se você, assim como eu, tem interesse em levar uma vida mais plena, feliz e motivadora, vai adorar saber o que fazer para que esse sonho se torne realidade. Certo?
E se eu te disser que, além de tudo o que já escrevi, ainda vou compartilhar uma super ferramenta, para que você seja capaz de transformar a sua IMPOTENCIA APRENDIDA em OTIMISMO APRENDIDO?
Você continuaria lendo esse texto, que está um pouco mais longo do que o normal?
Espero que sim, pois vou encerrar esse artigo com chave de ouro e só você, que tem acompanhado as minhas publicações, saberá o quão valiosa essa dica será!
DICA DE COACHING:
PASSO A PASSO PARA TRANSFORMAR A SUA IMPOTÊNCIA APRENDIDA EM OTIMISMO APRENDIDO:
- Identifique o seu estilo explanatório:
- Utilize as dicas e perguntas que fiz, ao longo de todo o artigo, para chegar a essa conclusão.
- Coloque a situação em perspectiva:
O objetivo desse passo é reduzir o seu nível de ansiedade, frente aos fatos e acontecimentos. Portanto, questione-se:
- Qual é a pior coisa que poderia acontecer?
- Qual é a coisa mais decisiva que você poderia fazer para impedir que o pior acontecesse?
- Qual é a melhor coisa que pode acontecer?
- Qual é a coisa mais decisiva que você poderia fazer para que o melhor aconteça?
- O que é mais provável que aconteça?
- O que você pode fazer para lidar com o desfecho mais provável, caso ele aconteça?
- Entre em ação:
Nesse passo, a ênfase se dá na aplicação de estratégias de resolução de problemas e a definição de uma linha de ação para lidar com o desfecho mais provável da situação. Vamos lá:
- Desacelere – pare e pense.
- Assuma o ponto de vista da outra pessoa (ou pessoas) envolvidas no assunto em questão.
- Defina um objetivo e faça uma lista dos possíveis caminhos para atingi-lo.
- Identifique os prós e os contras de cada caminho.
- Avalie a solução – se não funcionar, tente outra.
E então, por que valeu a pena acompanhar a minha publicação de hoje?
Se você curtiu e entendeu a aplicabilidade desse conceito à sua vida, por favor, deixe o seu comentário!
Quais serão os seus próximos passos, para fazer do otimismo uma realidade e usufruir dos benefícios de uma vida com mais alternativas e perspectiva?
E lembre-se: Toda a caminhada começa com um primeiro passo.
Quando será o seu?
Uma ótima semana, repleta de reflexões e novas ações!
